Daniele Favero, Fernanda Uzeda, Gabriela Souza e Gabriele Silva
Na tentativa de definir um conceito que
englobasse todas as minorias várias tem sido as formulações surgidas, no
entanto nenhum conseguiu abarcar os diversos tipos de minorias num contexto completo
e universal. Partindo dessa premissa, pode-se inferir que a maioria ou minoria dependem da força que cada uma
vai exercer ou os meios de pressão, que vai determinar se as demandas
sociais são majoritárias ou minoritárias. Na voz de Muniz Sodré, minoria pode
ser definida como:
“é
um lugar onde se animam os fluxos de transformação de uma identidade ou de uma
relação de poder. Implica uma tomada de posição grupal no interior de uma
dinâmica conflitual. Por isso, pode-se afirmar que o negro no Brasil é mais um
lugar do que o individuo definido pura e simplesmente pela cor da pele. Com
isso percebemos que “o lugar”
Esse lugar é onde ocorre todo tipo de manifestação por parte de uma minoria que almeja um estado de mudança, em que os debates se tornam cada vez mais frequentes para a compreensão. Na democracia, diz-se, predomina a vontade da maioria. É verdade, mas é um argumento quantitativo. Qualitativamente, democracia é um regime de minorias, porque só no processo democrático a minoria pode se fazer ouvir. Minoria é, aqui, uma voz qualitativa.
A partir disso, surgem as mídias radicais, que não
conseguem ter “voz” nos meios de comunicação tradicionais. Segundo Downing, o
conceito de meios de comunicação não se restringe aos tecnológicos, como rádio,
TV, jornal e cinema. Na visão do escritor, as mídias radicais fogem da esfera
hegemônica da indústria cultural e têm como caráter essencial algum tipo de
intervenção crítica às posições dominantes. Ou seja, “se encaixam na categoria
midiática as canções populares, o grafite executado pelas gangues de jovens, o
vestuário - as mídias têxteis-, o rock de garagem, o teatro de rua, os cartuns
satíricos, a pornografia política, os vídeos caseiros, a internet, as rádios
livres e outras expressões”. Neste sentido, a rede social Ubuntu, criada pela
soteropolitana Monique Evelle e lançada no dia Internacional dos Direitos
Humanos, 10 de Dezembro, se configura como uma expressão das minorias que se
organizam movimentos sociais. Para Cecília Peruzzo:
“Movimentos sociais
populares são articulações da sociedade civil constituídas por segmentos da
população que se reconhecem como portadores de direitos, mas que ainda não são
efetivados na prática. Esses movimentos se organizam na própria dinâmica de
ação e tendem a se institucionalizar como forma de consolidação e legitimação
social”.
A Ubuntu faz parte da rede Desabafo Social, que busca transformar
realidades, fortalecendo a participação juvenil, através de ações que englobe
Educação e Comunicação em Direitos Humanos.
O nome ‘Ubuntu’ é uma expressão idiomática da língua Zulu que é
traduzida para o português como “Eu sou porque nós somos”. A rede social colaborativa
ubuntu tem o “intuito de conectar pessoas, ocupar espaços, estabelecer uma rede
de relacionamento com foco nos direitos humanos, sobretudo na participação
social e política. Além de facilitar a organização e o desenvolvimento de
projetos, a rede é aberta para qualquer pessoa. O Ubuntu serve para conectar
pessoas como qualquer outra rede social, porém com foco na colaboração e
multiplicação de idéias”.
Site Desabafo Social: http://desabafosocial.com.br/
Site Desabafo Social: http://desabafosocial.com.br/
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