segunda-feira, 13 de junho de 2016

COMUNICAÇÃO, MINORIAS E MOVIMENTOS SOCIAIS

 Daniele Favero, Fernanda Uzeda, Gabriela Souza e Gabriele Silva

Na tentativa de definir um conceito que englobasse todas as minorias várias tem sido as formulações surgidas, no entanto nenhum conseguiu abarcar os diversos tipos de minorias num contexto completo e universal. Partindo dessa premissa, pode-se inferir que a maioria ou minoria dependem da força que cada uma vai exercer ou os meios de pressão,  que vai determinar se as demandas sociais são majoritárias ou minoritárias. Na voz de Muniz Sodré, minoria pode ser definida como:

“é um lugar onde se animam os fluxos de transformação de uma identidade ou de uma relação de poder. Implica uma tomada de posição grupal no interior de uma dinâmica conflitual. Por isso, pode-se afirmar que o negro no Brasil é mais um lugar do que o individuo definido pura e simplesmente pela cor da pele. Com isso percebemos que “o lugar”


Esse lugar é onde ocorre todo tipo de manifestação por parte de uma minoria que almeja um estado de mudança, em que os debates se tornam cada vez mais frequentes para a compreensão. Na democracia, diz-se, predomina a vontade da maioria. É verdade, mas é um argumento quantitativo. Qualitativamente, democracia é um regime de minorias, porque só no processo democrático a minoria pode se fazer ouvir. Minoria é, aqui, uma voz qualitativa.
A partir disso, surgem as mídias radicais, que não conseguem ter “voz” nos meios de comunicação tradicionais. Segundo Downing, o conceito de meios de comunicação não se restringe aos tecnológicos, como rádio, TV, jornal e cinema. Na visão do escritor, as mídias radicais fogem da esfera hegemônica da indústria cultural e têm como caráter essencial algum tipo de intervenção crítica às posições dominantes. Ou seja, “se encaixam na categoria midiática as canções populares, o grafite executado pelas gangues de jovens, o vestuário - as mídias têxteis-, o rock de garagem, o teatro de rua, os cartuns satíricos, a pornografia política, os vídeos caseiros, a internet, as rádios livres e outras expressões”. Neste sentido, a rede social Ubuntu, criada pela soteropolitana Monique Evelle e lançada no dia Internacional dos Direitos Humanos, 10 de Dezembro, se configura como uma expressão das minorias que se organizam movimentos sociais. Para Cecília Peruzzo:
“Movimentos sociais populares são articulações da sociedade civil constituídas por segmentos da população que se reconhecem como portadores de direitos, mas que ainda não são efetivados na prática. Esses movimentos se organizam na própria dinâmica de ação e tendem a se institucionalizar como forma de consolidação e legitimação social”.


A Ubuntu faz parte da rede Desabafo Social, que busca transformar realidades, fortalecendo a participação juvenil, através de ações que englobe Educação e Comunicação em Direitos Humanos.  O nome ‘Ubuntu’ é uma expressão idiomática da língua Zulu que é traduzida para o português como “Eu sou porque nós somos”. A rede social colaborativa ubuntu tem o “intuito de conectar pessoas, ocupar espaços, estabelecer uma rede de relacionamento com foco nos direitos humanos, sobretudo na participação social e política. Além de facilitar a organização e o desenvolvimento de projetos, a rede é aberta para qualquer pessoa. O Ubuntu serve para conectar pessoas como qualquer outra rede social, porém com foco na colaboração e multiplicação de idéias”.

Site Desabafo Social: http://desabafosocial.com.br/



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