UNEB- Universidade do Estado
da Bahia
Comunicação Comunitária – 6º
semestre
Docente- Ricardo Freitas
Discentes: Cristiane Costa,
Daiana Consuelo, Rosana Rozeno, Tiales Nascimento
Comunicação e Terceiro Setor
O
que é terceiro setor? É uma denominação recente e ainda pouco utilizada, é um
termo designado para se referir as organizações cujo principal objetivo é de
cunho social, que pensam no bem comum e atuam na esfera pública não estatal (entende-se
que estas entidades são capazes de auxiliar o Estado no cumprimento de seus
deveres, pois o mesmo é “incapaz” de desempenhar com eficiência as atividades
que lhe são atribuídas). Nesta definição, agregam-se, estatística e conceitualmente, um
conjunto altamente diversificado de instituições, no qual se incluem
organizações não governamentais, fundações e institutos empresariais,
associações comunitárias, entidades assistenciais e filantrópicas, assim como
várias outras instituições sem fins lucrativos. Comumente encontramos neste
setor instituições de caridade,
organizações religiosas, entidades voltadas para as artes, organizações
comunitárias, sindicatos, associações profissionais, e outras organizações voluntárias.
Porque a comunicação está presente no Terceiro Setor? Para as
entidades pertencentes ao Terceiro Setor, ter uma comunicação integrada se faz
fundamental, pois além de gerar visibilidade, permite criar uma relação mais
próxima com seus públicos, garantindo participação e mobilização pelas ações sociais.
As estratégias comunicacionais, para além de serem utilizadas na captação de
recursos ou simplesmente da assessoria para divulgar projetos e ações, devem
ser empregadas também em atos que mobilizem socialmente os públicos envolvidos
e possibilitem o engajamento destes com os objetivos das organizações.
Para
Meneghetti (2001), o uso da comunicação no Terceiro Setor deve-se a três focos
principais: projetar a imagem da instituição, captar recursos ou potencializar
o impacto das ações. Porém o grande desafio é conhecer os anseios e motivações
dos agentes sociais, principalmente daqueles em posições estratégicas da
sociedade, para que possam realmente se engajar e ajudar nos projetos sociais.
Citaremos
algumas organizações do Terceiro Setor: Cipó, Olodum e Steve Biko.
CIPÓ
– Comunicação Interativa foi fundada em 1999 por
comunicadoras que tinham um sonho: transformar a vida de meninas e meninos de
classes populares por meio da comunicação. O desejo era que essa moçada
ampliasse a sua visão da realidade, tivesse ouvidos bem abertos, colocasse a
boca no trombone e participasse ativamente de sua comunidade.
Missão:
Criar oportunidades para o pleno desenvolvimento
e a participação social, cultural e política de crianças, adolescentes e
jovens, por meio da democratização da comunicação e da educação.
Articulações: Em
redes, coletivos, fóruns nos quais compartilham conhecimentos e acompanhamentos
de trabalhos dos conselhos, a fim de incidir junto ao poder público na
implementação de políticas públicas qualificadas.
Serviços: Produtos
e Campanhas de Comunicação; Campanhas Colaborativas voltadas para a Defesa dos
Direitos da Criança e do Adolescente; Criação de planos de comunicação; Formação
em Educação pela Comunicação – EaD; Consultorias: Educação pela Comunicação e
Uso das Tecnologias de Comunicação nas escolas (presencial e online).
Projetos: Ponto
de cultura cineclube imagens itinerantes; Oi kabum!; Escola de arte e
tecnologia de salvador; Núcleo de produção oi kabum; Juventude negra e
participação política; Formação em produção cultural e cultura digital; Agência
de comunicação do subúrbio.
OLODUM
- A cultura percussiva do Olodum (Instituição sem fins lucrativos e de
utilidade pública, fundada em 25 de Abril de 1979), agrega expressões de vida e
tradições, cultivando um senso de continuidade dos valores socioculturais
africanos. Ao mesmo tempo, transmite conhecimento e gera um sentimento de
identidade, contribuindo assim para promover o respeito à diversidade cultural
e singularidade humana.
A
música percussiva e a responsabilidade social são marcas do grupo, uma
referência de credibilidade para a sociedade baiana e de grande importância
para a construção e manutenção de sua identidade.
Projetos:
• Canto/Coral:
O curso de Coral Afro faz um resgate da música e
da poesia do Olodum, realizando ensaios dinâmicos e divertidos e trabalhando um
repertório vasto que abrange canções folclóricas, étnicas brasileiras e da
África, músicas afro-religiosas e do Olodum.
• Empreendedorismo
Cultural: O Curso de Empreendedorismo Cultural instrumenta
os jovens para elaborar, promover e captar recursos para projetos culturais.
• Informática Cultural: O
Curso de Informática cultural faz mesclar tecnologia, inclusão digital, geração
de renda e formação cidadã.
• Formação de lideranças: Oficina
obrigatória a todos os integrantes da Escola Olodum, utiliza a metodologia do
psicodrama na educação, com o objetivo de educar para a cidadania sustentável,
enquanto modo de vida, oportunizando a descoberta de sua autoestima e
identidade étnica, de maneira lúdica e criativa e fortalecendo o protagonismo
juvenil.
•
STEVE
BIKO: O Instituto Cultural Steve Biko, recebe o nome
do grande líder sul-africano Bantu Stephen Biko, principal idealizador do
Movimento de Consciência Negra, foi fundado em Salvador/Bahia, em 31 de julho
de 1992, por iniciativa de professores e estudantes negros e negras que de
forma pioneira criaram o primeiro curso pré-vestibular voltados para negros no
Brasil. O Instituto desenvolve diversas atividades no campo político e
educacional que resultaram em políticas públicas para o combate às
desigualdades raciais, obtendo por isso o reconhecimento das principais
organizações dos movimentos sociais em nosso Estado e no País, valendo destacar
o recebimento do Prêmio Nacional de Direitos Humanos no ano de 1999.
•
Projetos: Pré-Vestibular, Oguntec; Dhar;
Intercâmbios; Up With English; Pompa- projetos mentes e portas abertas; Kwetu.
Referências
BNDES
(2001, p.4) BNDES. Terceiro setor e desenvolvimento setorial. Relato setorial
nº 03. Julho de 2001.
HUDSON,
M. (1999, p. XI) Administrando Organizações do Terceiro Setor: O Desafio de
administrar sem receita. São Paulo: Makron Books, 1999
Meneghetti
(2001). A Comunicação no Terceiro Setor.
http://cipo.org.br
www.olodum.com.br
www.stevebiko.org.br
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