segunda-feira, 13 de junho de 2016

UNEB- Universidade do Estado da Bahia
Comunicação Comunitária – 6º semestre
Docente- Ricardo Freitas 
Discentes: Cristiane Costa, Daiana Consuelo, Rosana Rozeno, Tiales Nascimento

Comunicação e Terceiro Setor
O que é terceiro setor? É uma denominação recente e ainda pouco utilizada, é um termo designado para se referir as organizações cujo principal objetivo é de cunho social, que pensam no bem comum e atuam na esfera pública não estatal (entende-se que estas entidades são capazes de auxiliar o Estado no cumprimento de seus deveres, pois o mesmo é “incapaz” de desempenhar com eficiência as atividades que lhe são atribuídas). Nesta definição, agregam-se, estatística e conceitualmente, um conjunto altamente diversificado de instituições, no qual se incluem organizações não governamentais, fundações e institutos empresariais, associações comunitárias, entidades assistenciais e filantrópicas, assim como várias outras instituições sem fins lucrativos. Comumente encontramos neste setor instituições de caridade, organizações religiosas, entidades voltadas para as artes, organizações comunitárias, sindicatos, associações profissionais, e outras organizações voluntárias.
Porque a comunicação está presente no Terceiro Setor? Para as entidades pertencentes ao Terceiro Setor, ter uma comunicação integrada se faz fundamental, pois além de gerar visibilidade, permite criar uma relação mais próxima com seus públicos, garantindo participação e mobilização pelas ações sociais. As estratégias comunicacionais, para além de serem utilizadas na captação de recursos ou simplesmente da assessoria para divulgar projetos e ações, devem ser empregadas também em atos que mobilizem socialmente os públicos envolvidos e possibilitem o engajamento destes com os objetivos das organizações.   
Para Meneghetti (2001), o uso da comunicação no Terceiro Setor deve-se a três focos principais: projetar a imagem da instituição, captar recursos ou potencializar o impacto das ações. Porém o grande desafio é conhecer os anseios e motivações dos agentes sociais, principalmente daqueles em posições estratégicas da sociedade, para que possam realmente se engajar e ajudar nos projetos sociais.
Citaremos algumas organizações do Terceiro Setor: Cipó, Olodum e Steve Biko.
CIPÓ – Comunicação Interativa foi fundada em 1999 por comunicadoras que tinham um sonho: transformar a vida de meninas e meninos de classes populares por meio da comunicação. O desejo era que essa moçada ampliasse a sua visão da realidade, tivesse ouvidos bem abertos, colocasse a boca no trombone e participasse ativamente de sua comunidade.
Missão: Criar oportunidades para o pleno desenvolvimento e a participação social, cultural e política de crianças, adolescentes e jovens, por meio da democratização da comunicação e da educação.
Articulações: Em redes, coletivos, fóruns nos quais compartilham conhecimentos e acompanhamentos de trabalhos dos conselhos, a fim de incidir junto ao poder público na implementação de políticas públicas qualificadas.
Serviços: Produtos e Campanhas de Comunicação; Campanhas Colaborativas voltadas para a Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente; Criação de planos de comunicação; Formação em Educação pela Comunicação – EaD; Consultorias: Educação pela Comunicação e Uso das Tecnologias de Comunicação nas escolas (presencial e online).  
Projetos: Ponto de cultura cineclube imagens itinerantes; Oi kabum!; Escola de arte e tecnologia de salvador; Núcleo de produção oi kabum; Juventude negra e participação política; Formação em produção cultural e cultura digital; Agência de comunicação do subúrbio.
OLODUM - A cultura percussiva do Olodum (Instituição sem fins lucrativos e de utilidade pública, fundada em 25 de Abril de 1979), agrega expressões de vida e tradições, cultivando um senso de continuidade dos valores socioculturais africanos. Ao mesmo tempo, transmite conhecimento e gera um sentimento de identidade, contribuindo assim para promover o respeito à diversidade cultural e singularidade humana.
A música percussiva e a responsabilidade social são marcas do grupo, uma referência de credibilidade para a sociedade baiana e de grande importância para a construção e manutenção de sua identidade.
Projetos:
       Canto/Coral: O curso de Coral Afro faz um resgate da música e da poesia do Olodum, realizando ensaios dinâmicos e divertidos e trabalhando um repertório vasto que abrange canções folclóricas, étnicas brasileiras e da África, músicas afro-religiosas e do Olodum.
       Empreendedorismo Cultural: O Curso de Empreendedorismo Cultural instrumenta os jovens para elaborar, promover e captar recursos para projetos culturais.
       Informática Cultural: O Curso de Informática cultural faz mesclar tecnologia, inclusão digital, geração de renda e formação cidadã.
       Formação de lideranças: Oficina obrigatória a todos os integrantes da Escola Olodum, utiliza a metodologia do psicodrama na educação, com o objetivo de educar para a cidadania sustentável, enquanto modo de vida, oportunizando a descoberta de sua autoestima e identidade étnica, de maneira lúdica e criativa e fortalecendo o protagonismo juvenil.
       STEVE BIKO: O Instituto Cultural Steve Biko, recebe o nome do grande líder sul-africano Bantu Stephen Biko, principal idealizador do Movimento de Consciência Negra, foi fundado em Salvador/Bahia, em 31 de julho de 1992, por iniciativa de professores e estudantes negros e negras que de forma pioneira criaram o primeiro curso pré-vestibular voltados para negros no Brasil. O Instituto desenvolve diversas atividades no campo político e educacional que resultaram em políticas públicas para o combate às desigualdades raciais, obtendo por isso o reconhecimento das principais organizações dos movimentos sociais em nosso Estado e no País, valendo destacar o recebimento do Prêmio Nacional de Direitos Humanos no ano de 1999.
       Projetos: Pré-Vestibular, Oguntec; Dhar; Intercâmbios; Up With English; Pompa- projetos mentes e portas abertas; Kwetu.




Referências
BNDES (2001, p.4) BNDES. Terceiro setor e desenvolvimento setorial. Relato setorial nº 03. Julho de 2001.
HUDSON, M. (1999, p. XI) Administrando Organizações do Terceiro Setor: O Desafio de administrar sem receita. São Paulo: Makron Books, 1999 
Meneghetti (2001). A Comunicação no Terceiro Setor.
http://cipo.org.br
www.olodum.com.br
www.stevebiko.org.br




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